Belém, 15 de novembro – Em um dia dedicado à temática indígena no pavilhão da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) na COP30, hoje, sábado, dia 15, líderes de vários países participaram de um painel sobre o Mecanismo Amazônico de Povos Indígenas (MAPI), cuja implementação começará em dezembro. A Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, e o Prêmio Nobel da Paz e ex-presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, estiveram presentes, demonstrando a relevância deste novo instrumento para a preservação dos direitos dessas populações e também na preservação ambiental.
O MAPI terá uma composição inovadora de copresidência, na qual cada país membro estará representado por um delegado governamental e um delegado indígena, garantindo assim a paridade e um novo desafio no objetivo de alcançar uma governança compartilhada, assegurando a participação ativa dos povos indígenas na agenda da OTCA.
“O MAPI é um espaço de diálogo e cooperação entre governos e povos indígenas da Bacia Amazônica, criado para coordenar e fortalecer a participação dos povos em assuntos de seu interesse como direitos e territórios”, afirma Martín von Hildebrand, Secretário Geral da OTCA.
Para a ministra Sonia Guajajara, “É a primeira vez que temos, oficialmente, um mecanismo indígena no âmbito dos países amazônicos, e isso vai apoiar a estruturação para a implementação da proteção dos nossos territórios, manter a floresta em pé e a biodiversidade viva. Estou muito orgulhosa de estar junto nesta construção”, afirmou.
Durante seu discurso na abertura do painel, Juan Manuel Santos ressaltou a importância de preservar o bioma amazônico. Ele lembrou quando assumiu a presidência da Colômbia. “Ganhei o mandato para fazer a paz, e também a paz com a natureza”, disse.
No domingo, dia 16, o MAPI também foi destaque no Painel sobre sistemas alimentares amazônicos, que ocorreu na AgriZone, um evento paralelo à COP30, organizado pela Embrapa.







