Policy Brief
Raísa Vieira (Assessora técnica OTCA)
A Amazônia abriga cerca de 10% de todas as espécies conhecidas.
Essa riqueza biológica sustenta serviços ecossistêmicos essenciais — como a regulação climática, a polinização, a fertilidade do solo, o fornecimento de alimentos e remédios naturais — fundamentais para o bem-estar humano e o equilíbrio ambiental global.
Entretanto, a degradação florestal, o desmatamento, a expansão agropecuária e as mudanças climáticas estão acelerando a perda de biodiversidade em ritmo sem precedentes.
Estudos recentes apontam que mais de 30% das espécies amazônicas já enfrentam algum grau de ameaça, e que até 70% das árvores dominantes podem desaparecer em cenários de aumento de temperatura acima de 4 °C.
A erosão da biodiversidade tem efeitos cascata: reduz a resiliência da floresta, compromete sua capacidade de absorver carbono e enfraquece os mecanismos naturais de adaptação climática.
Para evitar o colapso ecológico, é urgente:
- fortalecer redes regionais de monitoramento da biodiversidade, integrando dados entre os países;
- promover bioeconomias sustentáveis baseadas no uso racional da biodiversidade, com valor agregado local;
- ampliar o manejo participativo e o envolvimento das comunidades indígenas e tradicionais na conservação; e
- “fortalecer os sistemas de Áreas protegidas.
A cooperação científica e tecnológica entre os países amazônicos é fundamental para conservar esse patrimônio biológico e garantir que a floresta permaneça viva e funcional.




